Queria que o sol te impusesse

toda cólera que pudesse haver

na magnitude que ele é

quando te encontrasse

(à luz do dia)

e te esfolasse...

Que não houvesse, então,

sequer

uma nesga de piedade...

Que fosse o momento da ira...

Desejaria estar perto

para ouvir o som de cada dente

[se quebrando

teus gemidos de súplicas...

tuas orações pré-fabricadas...

tuas lágrimas...

Gozaria cada instante;

Até que restasse de ti apenas

pó...

cristovam melo
Enviado por cristovam melo em 26/09/2010
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