Eu

Qual rosa morta aqui estou,

A chorar os pedaços secos

Do que um dia me restou...

Dos soluços estou a ouvir os ecos...

As paredes manchadas de sangue

Sou a Rosa a arder em dor

Sou minha fé, meu credor

E a fúria de um homem!

Sou a flor sem o espinho

Estou vulnerável!

Sou um pássaro sem ninho.

O cheiro da Morte que me encanta

Quanto é doce e amável!

Sou a lágrima triste que se prende à lembrança!

Sou um mar de angustias, um leva-e-traz!

Cecilia Mendes
Enviado por Cecilia Mendes em 01/10/2006
Código do texto: T253828