COLAPSO

Queima-me este amor, cujo fogo não vejo,

Inspira-me delírios, inescrupulosos desejos,

Deixando-me solitário o coração sobejo,

Que se perde na luz deste cortejo.

Açoita-me a alma com insensata euforia,

Macula meu peito em copiosa nostalgia.

Paixão tirana, acorrenta-me na déspota utopia,

Injusta balança, pendendo à tirania.

Ligação fulminante alargando feridas,

Instigando provas da alma despida,

Flagelando a essência, que abdica escondida,

Que grita e se agita em eminente rebeldia.

Conduz à demência, ao calabouço do asco,

Sugando sem clemência, sendo carrasco,

Desatando apenas, ao arrojar-me do penhasco,

Na orla da morte, da mente em colapso.

Susely
Enviado por Susely em 11/10/2010
Código do texto: T2550196
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