À beira do lago, observo meu reflexo.
Já não sou quem um dia fui.
Os dias passaram perplexos,
Pareceram anos e isto, a mente ruí.
Lembrei-me de uma história,
Esquecida na memória,
Que nos olhos afloram agora,
A dor que há muito não chora.
Um dia fui a rosa de um jardim,
Ladeada de alecrim e jasmim.
Mas, alguém sem coração ou dó,
Com uma adaga, me lançou ao pó.
Adaga afiada feriu e cortou,
Mimosa rosa que o jardim perfumou,
Sem saber o que lhe apunhalou,
Rubra rosa murchou e secou.
Os beija-flores que voavam no jardim,
Lamentaram da rosa o fim,
As outras flores fizeram motim,
E naquele lugar, hoje só existe capim.
Assim, sinto-me ao contemplar esta face,
Como se minh’alma sufocasse,
Como se algo me apunhalasse,
E sem respirar eu definhasse.
Já não sou quem um dia fui.
Os dias passaram perplexos,
Pareceram anos e isto, a mente ruí.
Lembrei-me de uma história,
Esquecida na memória,
Que nos olhos afloram agora,
A dor que há muito não chora.
Um dia fui a rosa de um jardim,
Ladeada de alecrim e jasmim.
Mas, alguém sem coração ou dó,
Com uma adaga, me lançou ao pó.
Adaga afiada feriu e cortou,
Mimosa rosa que o jardim perfumou,
Sem saber o que lhe apunhalou,
Rubra rosa murchou e secou.
Os beija-flores que voavam no jardim,
Lamentaram da rosa o fim,
As outras flores fizeram motim,
E naquele lugar, hoje só existe capim.
Assim, sinto-me ao contemplar esta face,
Como se minh’alma sufocasse,
Como se algo me apunhalasse,
E sem respirar eu definhasse.