Meu Pranto


O tempo anuncia uma nova tempestade
Lá fora o céu se fecha, e dentro do meu peito uma emoção.
Os pingos da chuva é o prelúdio de prantos
Que encharcam meus olhos
As lágrimas anunciam as horas em que eu vou desmoronar

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O sol já se foi faz tempo... Levado pelo entardecer
E engolido pelas nuvens negras
A chuva aparece em gostas pesadas na calçada
Formando pequenas possas
Na mesma hora em que choro e intensifica o vazio dentro de mim.
Somente meu coração pesado por ser a única coisa
Carregada de uma dor chamada angústia
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A noite adentra posso ver as luzes que se multiplicam
Com os reflexos dos meus olhos ainda cheio d’água
Perco-me no silêncio ao cessar da chuva
Os gritos de esperança ecoam na mente
E posso lembrar-me das noites estreladas
Dos dias coloridos, que me deixavam contente.
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Seria masoquismo querer viver diante de tamanho sofrimento?
Não... Porque ainda restam migalhas desta esperança
Que nostalgia e sacia meu âmago ferido e
Anestesia a minha mente que acredita
Que em meio ao céu azul e uma bela noite estrelada
Possam levar a minha dor, e trazer de volta, a minha vida de outrora...



(Altair Feltz)
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Altair Feltz
Enviado por Altair Feltz em 18/10/2010
Reeditado em 04/09/2012
Código do texto: T2563600
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