ânsia maldita

Eu te senti junto a mim

A primeira vez eu senti

E para nunca ter fim

Aos céus eu implorei

Pelo que já chorei

Que ele tenha dó de mim.

Sei que é ruim sonhar

Mas a realidade é ruim

Não se vive sem amar

E amando também se morre

E lágrimas pelo rosto escorre

E se sofre a cantar.

Cante a vida futura

Pensando em ti eu cantei

Mas, ela se tornou tão escura

Que eu até me arrependi

De tudo o que consenti

Encantada com sua candura.

Não tenho medo da morte

Da vida não tenho medo

Só temo que a sorte

Arrede do meu caminho

Deixando só espinho

A me sangrar o corte.

Exalei um suspiro fadado

O meu último suspiro

Junto a um grito calado

Com uma palavra não dita

Com uma ânsia maldita

Deixando o meu coração selado.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 08/10/2006
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