*** Minha alma em mil pedaços...***
Como separar divisa alma, poeta versus carne mortal?
Como suportar tal alma o pecado, a dor, a indecisão?
Sobre este peito enceram as dores do mundo, todo o mal,
Contido em suspiro calado, em busca de real solução...
E choro. Enquanto o tempo escorre. Estou novamente só...
Estou só e pior, á nem sei quem sou. Sou tal adolescente,
Em constante crise. Quisera não ser eu. Nem ser mero pó.
Esse pó mais digno e puro que eu. Peito em dor crescente.
Sei qual será meu fim. Posso até mesmo vê-lo daqui.
Quando penso estar no controle o sonho se dilacera em dois.
Em mil pedaços! Estou como minha alma é. Estou só.
Vendo um sorriso, busco saída. Quem em piedade me dará?
Quem realmente sou? Carne fadada à prematura morte...
Busco-a sem querer. E num piscar, sei que sem pressa virá...
14.11.10 – p.m