Tristeza

Eis que me vejo a beira de um precipício

Não tenho saida

Já que me vejo a beira de um altar sem fim

Naquele momento me sento em sua ponta

e reflito com exatidão

Não sei ao certo o que penso

mas é aquilo que precisava

Me jogo.

Durante aquela queda

que posso chama-lá de sem fim

me defronto com você

não havia pecebido

que o momento todo esteve do meu lado

ao meu lado

até a beira daquele precipício

onde me viu morrer

onde quis morrer

não pude aguentar

assim como qualquer indigno ser humano dotado de amor

te abraçei

naquela queda sem fim

chorei como nunca

como um criança recém nascida

no colo materno

e me senti melhor no seu colo

mas não pude deixar de notar

que continuavamos a cair

ao nada

de repente

tudo escureçeu

já não via mais você

e percebi que minha vida não tinha mais sentido

lágrimas rolaram, e cairam

ao relento daquele infinito

Joee
Enviado por Joee em 15/10/2006
Reeditado em 06/01/2008
Código do texto: T265081