“AMOR SOLITÁRIO”
Achei-te no vale da morte,
E com minhas lágrimas trouxe-te a vida.
Pisei nos espinhos para tirar-te da escuridão,
Sangrei para curar-te as feridas.
Trouxe-te colada a minha alma,
O que tu sentias eu sofria,
Jurei amar-te em cada dia,
Assim unindo o desespero e a calma.
Eu dava os passos e tuas pegadas fincavam,
Tu choravas mais dos meus olhos a tristeza caia,
Minha vida e que nas tuas dores consumia,
Gole a gole, passo a passo, dia a dia.
E em cada presença tua me doía uma saudade,
Em cada sorriso teu me fugia uma lágrima,
Tu roubaste o que eu tinha sem sentires,
Como o beija-flor o néctar das flores.
Eu te amava como jamais poderia amar,
Quanto maior a paixão mais me crescia a ferida,
E depois do tempo hoje não choro, não sorrio,
Pois morri no caminho e ao teu lado meu amor segue sozinho.