Minha dor

Não choro nem sofro

Pra não dar o braço a torcer

Mas sofro dentro do peito

Cada hora e cada dia.

O trabalho me entorpece

Mas não tira a consciência

Não me anestesia de todo

Nem me livra da doença.

Dou risadas de alegria

Mas só eu sei o que sofro

Me encarando neste espelho.

Não sofro pela doença

Mas pela morte próxima

Antes de curtir um pouco...

Deus venceu esta jogada. Mas ainda não me matou. Estou vivo ainda.

06 de janeiro de 1992, às 22:10 horas

Valdeck Almeida de Jesus
Enviado por Valdeck Almeida de Jesus em 16/12/2010
Código do texto: T2674990
Classificação de conteúdo: seguro