Minha vida sem mim

A minha alma que estava pendurada em meu corpo

Acabara de ser levada e jogada no vazio.

Toda vida que existia em mim

Foi carregada por um vento leve.

Então a luz dos meus olhos se apagou!

Em meu rosto agora trazem marcas

Que foram feitas por todo ódio reprimido.

Essas marcas serão minhas além da morte

E por toda vida vazia que já não há.

Meus passos ecoam nas paredes do infinito

Já que nessa casa não habito mesmo presente.

Toda cor já não tem seu brilho

Toda dor já se faz recente e permanece.

Eu vivo minha vida sem mim

Espero, sem saber, dormir enfim.

Eu apenas existo nesse ambiente febril

Eu morro pra saber se ainda há...

Silenciosamente me parti em pedaços

Mas nenhum me trouxe paz e alegria.

Todos me cortaram e me feriram

Foi então que desisti dessa vida.

Mais me faltou coragem pra provar meu valor.

Dessa vida faz parte meu corpo

Pois minha alma e coração já não se fazem aqui.

Tudo em volta perdeu seu encanto

Hoje vivo uma vida que não vive em mim!

Cecilia Mendes
Enviado por Cecilia Mendes em 19/10/2006
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