Eu amei por nós dois
No vão dos anos esquecido
anestesiado está o nosso amor.

O confronto, de pronto o tempo levou
não deixando marcas em nosso passado.

Como um zumbi alcatruzado divaguei
a procura de minha tumba
e não a achei,
deve estar perdida num passado
enuviado pela neblina
que já não deixa
se quer a linha do teu olhar.

Momentos ternos
foram pro inferno de minhas desilusões.

Eu me matei, cortei meus pulsos
e sangrei meu ventre
que inocente
só queria te prestigiar em a ti me doar.

Canções perdidas
no ermo da vida de dois
que agora é somente um,

ou de repente nenhum,
por ter me abortado de mim mesma,

ensurdecer-me e pregar-me numa parede clara,
mas não sou medalha...

Com certeza devo ser qualquer impasse
que num repasse se repaginou pra trás.

Quantos “as” por descobrir
num mundo absurdo que não existe mais.

A minha paz, levaste
quando anulaste meus sonhos.

O pseudofruto que adocicava a boca louca
fechou-se pro prazer

e numa subcondição
não tenho mais por quem viver.

Amei por nós dois e você...
Por ninguém!




Edna Fialho

edna fialho
Enviado por edna fialho em 06/02/2011
Reeditado em 24/07/2012
Código do texto: T2776105
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