DIAS TRISTES

por Regilene Rodrigues Neves

Em frente o dia nublado

Pingos de chuva choram

Entre nuvens escuras de melancolia...

De posse da solidão

O dia se arrasta para o poente

Para acasalar sua utopia

No fecundo horizonte

Que promete esperança

Depois da revolta tempestade

Que há dias molha o verão...

Lânguidas promessas

Afoitas por dias amenos

Loucas por um abraço de sol

Procuram se aquecer de alegria

Em face de seu contentamento...

Por hora dias molhados de tristeza

Perduram ao longo do caminho

De poças que se afundam num terreno baldio

Sugando a ode para dentro de si

Cético fim de mais um dia

Molhado de chuva...

Em 17 de fevereiro de 2011