Assassinos!

Ali, deitada na macia relva

Vejo o sangue se espalhar

Percebo mudança radical.

O fedor invade as narinas

Rompe a morte! Canibal!?

Criminosos...

Lá, nas entranhas da terra,

Rasga, queima; tempestuoso

O que acontece ao meu redor?

Desgraçado! Fogo no canavial

Queima, mata, seca, manancial.

Poderosos!

O negror espalha como lágrimas

Invadindo, roubando, matando...,

Chama macabra! Misto de terror

Enterra na fagulha esta dor bestial

Vomita do seu ventre este animal!

Terra!

Este poema participou da "Ciranda sobre o Meio Ambiente da Poeta e Recantista Ana Stoppa".