Matadouro

Ida ao matadouro

Pútrido momento em que, por futuro, não se escolhe.

Dera-me ainda fosse algum presente duradouro

Entretanto, é por passado que se luta em plena sorte.

Condição seria?

É certeza cereber do próximo Sol com vida?

Alastram-se os eixos,

Confundem-se com as cúpulas e abóbadas do tempo

Um eu sincero, agora incerto, não se arrisca a viver —

É cansativa a eloquente tentativa pela espera de uma vez.

Por fim, que haja, aos raios da manhã, nova esperança

Que o Sol se enobreça e, aos meus pés, diga bom dia

Sem que deste quadro ao horizonte haja inversões, quaisquer façanhas.

(Buscai, ventos diversos, velho mar sem rebeldia!)