Minha Noite

Oh, noite obscura,

Por que invade meu ser?

A fim de me fazer infeliz

Com todo meu sofrer.

A dor que me dilacera,

Não posso mais esconder.

E a culpa é toda sua noite.

Por que invade o meu ser?

Dentro de mim tudo se apagou.

Nenhum grito se faz ouvir,

De um coração que nunca amou,

Nem ao menos chegou a sorrir.

As lágrimas que a noite derrama

Inundam meu ser.

Todo desespero me invade

E me faz sofrer.

Mas as lágrimas lavam a dor,

Para que eu possa viver.

Então eu vivo,

Vivo até não poder.

Até desistir de lutar

E morrer.

Se a noite virasse dia,

E o Sol surgisse então,

Quem sabe tudo mudaria,

E seu calor entraria em meu coração.

Mas a noite nunca se vai,

Eu fico com meu sofrer.

Esperando que um dia isso mude,

E eu torne a viver.

Antônia Lopes
Enviado por Antônia Lopes em 18/11/2006
Código do texto: T294981