Afinal, o que sou sem ti?

Sou a indeterminação da benevolência,

A dicotomia do conceito que jamais será atribuído a algum ser,

O cateto adjacente que não foi suficiente para achar a tangente,

A incógnita que jamais foi encontrada,

O sofisma que se dissociou da lógica existencial,

A função decrescente que tende ao infinito,

O conjunto vazio que deixou de ser unitário ao te perder,

A álgebra que não generalizou nem mesmo o imaginário,

O teorema sem demonstração,

A assíntota de dois gráficos cujas coordenadas nunca coincidiram,

O subtraendo da caridade,

A parcela que não alterou a soma,

O paradoxo indiscutível,

A situação-problema sem solução real,

O quociente da maior divisão da unidade,

A raiz do elemento neutro da adição da virtude.

Sem ti, nada sou!