Distante
Quem não sabe o que se sucede aqui
Não vê e nem nunca viu que o tempo passou
E que o instante procede o que vi
Como quem não sabe que o vento levou
Seguiu, adiantou o processo
Sumiu. Levantou voo, desencantou
Desatou os nós, seguiu-se para o retrocesso
Eu não entendo mais, simplesmente acabou!
Mas os olhos viam o que eu falava tudo errado
Entendiam ao contrário das palavras ditas
Olhos possivelmente cansados
Vazios, enganados pela rotina
Ninguém entendia a tristeza do céu
O som solitário das folhas das árvores
Passaram-se anos sem perguntas
Proibiram o encontro dos olhares
Um dias teve Sol, vento e chuva
Um dia distinto , perdido no monte
Um dia houve ternura
O dia acabou nas horas frias do distante.