Nas Regras Sutis de um Amor
Tudo parece tão normal
Sinto as coisas fluírem em seu rotineiro jeito
Em suas “regras” e subliminares ordens sutis
As vezes me sinto ser dono da voz
Que na maioria das vezes, voz mesmo eu não tenho
E se tento falar, inutilmente é?
Ou inútil seria eu tentar falar sem precisão?
Escrevo isso por chegar a um limite asfixiador
Que venho engolindo a seco e calado
Não faço por raiva muito menos por ódio
Faço por Amar demais
Amo tanto que as vezes acho que me anulo
Para simplesmente te multiplicar
E se o faço dizes ser drama
Drama do qual eu apelo e imploro para funcionar
Já que das mais diversas formas e variáveis jeitos
Eu já tentei...
E ainda tento, e muitas das vezes em pleno fracasso
As vezes penso que peço pedir demais
As vezes acho que são coisas anormais
As vezes acho que gritar solucionaria tudo
Ou apenas solucionaria uma efêmera...
Separação...
Ou um avivamento e surgimento de uma raiva nela
Que é o que eu menos quero e desejo acontecer
Não sei mais como faço para termos um meio termo
Um equilíbrio relativamente pacífico
Em que nenhum dois tenha que se subordinar
Às continências do outro...
Não quero ser um subordinado nem chefe
Não quero me curvar nem muito menos ordernar
Quero apenas Amá-la sem ter que nos machucar
Anseio que os desejos dela sem realizados tanto quanto os meus...
Anseio e espero que eu jamais volte,
A escrever sobre isso outra vez...