Reza à Vida Puta

Vida puta, imunda e voraz,

Quem te conhece, não vive.

Quem não conhece, se ilude em paz.

Vida ardida e moída,

Que impõe seriedade a quem vive,

Que pede pra felicidade ser mais realista,

Pra olhar ao redor, e pra definhar, ao fim, triste.

Vida,se obriga a ser maldita.

Que ao existir vive o real,

Ecoa-nos teu grito,

Impõe-nos como seremos,

E como devemos sofrer, serenos.

Vida, Armada viva,

Ponho-me a sofrer, pra poder viver,

Enquanto sorri pra mim, não sei se é ironia,

Mas há de ser mais prazeroso entender,

Os fatos de quem vive, os que nos fazem sofrer.

Apesar de contigo não estar,

Obrigo-me viver,

O que me resta é torcer,

Pra isso tudo acabar.

Vida, seja amiga.

Livra o que ama de amar,

Leve contigo meus sofrimentos,

Deixe-me de ti resignar,

Enfim até o fim, se acabar.

Thales Santos
Enviado por Thales Santos em 20/12/2006
Código do texto: T323031
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.