Meu grito de amor

Eu quero fazer um poema que fale mais alto que a própria escrita
Que grite mais alto que a oração
Que seja um parágrafo inteiro de uma voz que não se imita
Onde qualquer semelhança com outro seja desprovida de intenção.

Eu quero uma poesia que exale um perfume ímpar
Que não se compare às fragrâncias já conhecidas
Quero uma declaração singular e sem par
Quero uma confissão de amor distinta e com nada parecida.

Eu quero uma inspiração ainda não alcançada
Onde o brado da alma faça das frases um clamor retórico
Sem igual, incomparável, inédito, uma relíquia verbalizada
Um manifesto inequívoco sentimental e não filosófico.

Eu queria autofotofrafar a minha alma apaixonada
E expô-la como de fato ela é
Não uma mera e repetitiva revelação já revelada
Mas o negativo positivo do que sou, com a força da minha fé.

Eu não quero ser melhor do que ninguém
Só quero ser eu mesmo na autenticidade da minha declaração
No meio de tudo quero ser visto e sempre lembrado como alguém
Que tentou fazer das tripas coração; toda verdade, minha real emoção.

Se os meus versos já não mais te comovem
Não sei o que fazer para te sensibilizar
Tavez o tempo seja o meu aliado, as nuvens se movem
E os céus te tragam uma mensagem do meu sincero jeito de amar.

Amor que não se perdeu com o tempo
Se mateve aquecido no frio, quando o agasalho foram minhas mágoas
Amor que mesmo desprezado, mesmo ao relento
Não se permitiu afogar em meio a turbulentas águas.



Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 19/10/2011
Reeditado em 19/10/2011
Código do texto: T3285214
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