O doce beijo da amargura

Cedo beijou-me com fel,

Nos meus ainda inocentes lábios

Agrilho-ou-me com tormentos,

Suavizados com com mel.

Pergunto-me às vezes atônitas,

O por que do doce e azedo?

Pois ainda tenho medo permeando meus pensamentos,

Mim torturando,rondando,

Os meus quietos momentos.

Quando penso que és forte,

Se revela um mancebo,

Trêmulo e com ávido anseio,

De sentir da amargura,

Pensando que sentindo estás.

Coitado não sabes o que pedes,

Sei que a vida é dura,

Mas nada se compara ao fel,que teima em beijar-me,

Pensando mim dar o mel.

Meus lábios sem riso pede-me:

Socorre-me deveras,

Lava-me,guarda-me,salva-me.

graça Noronha
Enviado por graça Noronha em 02/11/2011
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