O grito de uma alma

Às vezes paro pra pensar até onde vai em alguém a insensibilidade
A insensatez, a inconseqüência
Às vezes paro pra pensar se é falta de caráter, ou fragilidade
Moral, ou imoral, o que me resta é paciência.
 
Quanta tirania numa atitude aparentemente inocente
Mas premeditadamente agressiva
Que dose forte de sordidez, aguardente
Quanto veneno destilado de quem parecia inofensiva.
 
Novamente insisto nas palavras levianas
Na falta de responsabilidade de uma prédica ajuramentada
Como se o coração de outrem fosse uma janela sem persianas
Como se tudo fosse tão transparente, quando a escuridão é chegada.
 
Seria uma fraqueza mental?
Chego a acreditar que sim
Seria um transe espiritual?
Repito: pode ser também que sim.
 
Não há lógica pra um rosto tão angelical
Esconder nas atitudes peçonhas tão letais
Não há como entender um coração tão sentimental
Petrificar-se como duros cristais.
 
O que aconteceu contigo?
Que fazia do meu peito seu travesseiro
E do meu ombro seu amigo?
Que dizia que eu era o seu pra sempre parceiro?
 
Onde ficaram as palavras que me fizeram sonhar?
As juras que me fizeste acreditar?
Os beijos e os abraços que me fizeram levitar?
O amor que me prometeste nunca acabar?
 
Deixaste sobre os meus ombros toda a carga
Fiquei com toda esta herança maldita
Minha boca agora sorve a saliva amarga
De uma boca mentirosa e cruel. Minha alma grita!!!

 
Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 10/11/2011
Reeditado em 11/11/2011
Código do texto: T3328963
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