Amanhã incerto (T1370)

Cai a chuva que esconde as lágrimas,

que esconde a dor de meu coração,

se mistura aos pingos e caem ao chão,

são lágrimas remanescentes de uma partida,

e a estrada agora molhada leva um pouco de mim,

a neblina esconde o horizonte de meu ser enfêrmo,

que cego segue a estrada da escuridão,

caminhos mergulhados na triste solidão,

uma solidão de incertezas e inseguranças

de uma vida suprimida pelo sofrimento,

um sofrimento que ainda é presente em dor,

a dor que povoa meus sonhos noturnos,

a dor que se transforma em pesadelo e medo,

o medo indomável de um amanhã incerto.

Alexandre Brussolo (15/11/2011)