Nublado Novembro

Sábados abafados de dor

Correntes de ar me atravessam

Desesperanças internas, nenhum amor

As terríveis lembranças recomeçam

O dia cinza me demonstra

Os pequenos sábados sofridos

Meus choros, feridas à mostra

Sozinho, preso, sem amigos

O sol aparece para uma visita

Por um segundo, tudo muda

Uma sensação nova, meio esquisita

O céu fecha, uma nuvem intrusa

Males e machucados ao vento

Meu corpo e seus fragmentos

Dor, raiva, o medo do sofrimento

Que já vive em mim, em cada momento

Só espero o sol abrir

Pois o ano é sempre um tormento,

Queria sumir, daqui fugir

E esquecer para sempre, meu nublado novembro...

Roberto William
Enviado por Roberto William em 18/01/2012
Reeditado em 21/05/2014
Código do texto: T3447569
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