SOLIDÃO

Aqui me deixei ficar, por garantires o teu amor ganhar

Porém, o que se faz presente são o frio, a solidão e dor

Agora cai uma chuva que molha o meu rosto já sem frescor

A frieza dessa noite solitária, toma, sucumbi minh’alma

Nessa noite de frio, que a solidão teima em me açoitar

Caio de joelhos em minha dor, e me ponho a chorar

Sem fôlego, uma oração tento fazer, e olho para o céu cinza

As lágrimas cadentes em meu rosto ficam a rolar

Nas ruas invisíveis dessa noite fria, fico a perder-me

Minha solidão é completamente solitária, faz-me

Gemer de dor; desfalecer em meus braços, abraçando-me

A noite solitária e fria invade meu dia, mantendo-me

Como um dia de inverno, fria, sem vida, e vendo-me

A perambular pelas ruas invisíveis carregando-me

Natal-RN, sexta-feira, 27 de janeiro de 2012.