Doces lembranças tristes

Arrumando as gravetas da solidão

pedaços da nossa felicidade

na moldura dourada

de um porta-retrato

me despertaram doloridas lembranças.

As frias lágrimas me banharam a face,

a saudade me envolveu

e minha alma sangrou carente de você.

Doeu muito!

Como doeu quando lendo lentamente

as nossas declarações de amor eterno

e vi que nada fiz...

que não lutei por seu amor!

Não lutei por nosso amor.

Senti a dor acenar para mim

em cada fotografia,

em cada poema,

em cada cartão com sua assinatura.

E ao ler na nossa última carta de amor

meu adeus em letras chorosas

meu coração caiu na tristesa profunda.

Paulo Rodrigues
Enviado por Paulo Rodrigues em 27/01/2012
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