não me veja

Peco por dizer palavras obscenas,

Faço valores mórbidos sobre a vida,

A insanidade me apavora,

A dor dos meus atos é constante,

Vejo o mundo com outros olhos,

Os olhos da noite,

Os mesmos olhos dos ambiciosos,

O lado negro é só o que me resta,

Um espírito putrefato,

Uma garrafa de uísque,

Uma carteira de cigarros,

E os dias que não passam,

O que queres me deixando vivo,

Humilhar-me pouco a pouco,

Fazer com que cada hora seja eterna,

Peço-te a morte, a única coisa que não tenho,

O que os mortais temem,

Mas não eu, Não te temo,

Quero-te, pois és menos ingrata que a vida.