MEU SILÊNCIO

Ouço o vento uivante, na quietude da noite quero meu silêncio.

Busco aguçar meus sentidos, ouvir somente a brisa, minha confidente.

Não quero lágrimas, elas secaram, nunca mais voltaram, mesmo sendo teimosas,

E se sorrir, que o disfarce não me acompanhe, seja sincero, não disfarçado,

Pois muitas vezes tentei aquietar minha Alma bem sofrida e muito machucada.

Busquei razões num amor que de repente cessou e jamais acreditei terminar,

De maneira um tanto impiedosa, pois sacrificou uma vida tão amada e querida,

Pois muitas vezes sussuramos um amor eterno que imaginei nunca cessaria,

E que de repente se foi, buscando alturas onde repousa sorrindo, me acenando,

Acreditando que pode estar me espiando, brincando até, se escondendo.

Se eu fiquei buscando novo encanto, pois a que tinha para sempre se ausentou,

Acredito ter somente ter aquietado minha Alma de solidão que nunca cessava,

Que insinuava, busque nova parceria, apague suas tristezas, mesmo que seja apenas um bálsamo.

E depois, num prenúncio que meu coração já indicava caminhos,

Encontrei alguém que me supre, dá carinhos e busca meus sorrisos.

Vivemos encantos, temos nossos momentos, tristezas também.

E com isso minha Alma se aquietou e cessou todos meus questionamentos,

Pois a escolhida que foi minha namoradinha e muito amei,

Me entende e não quer ver mais lágrimas escorrendo de meu rosto,

Nem a solidão que me fustigava num açoite que não entendia,

E navego agora numa calmaria sabendo que sou amado.

01-03-2012