Meu Universo.
Moletom, fones de ouvido, água mineral
Sou eu, presa na redoma do meu Universo
De contos de fadas, sem dor, sem mal.
Sem o maldito sentimento reverso.
Eu escapo da realidade
Em um delírio constante
Eu sinto a felicidade
E ela durou apenas um instante
Pois o mundo externo me convoca
Meus pés ele puxa até o chão
E a dor ele feliz provoca
Simplesmente destrói meu coração
Sou obrigada a enxergar:
Você está em minha frente.
E eu te amo tanto que não consigo
Vê-lo feliz comigo ausente.
Perco todo o equilíbrio.
Seus olhos não me enxergam.
Suas mãos não me tocam.
Seus lábios não me beijam.
Seus pensamentos não me procuram.
O castelo vem a desmoronar
Enquanto minha lágrima escorre.
Silenciosa como o ar
Minha esperança morre.
Tento penetrar novamente em meu Universo, minha realidade
Pois lá a brisa encobre esses sentimentos
E só lá existe a felicidade
Em todos os momentos.