Estranho

ouvir o mundo falando é fácil

Opinar é estranho

E enquanto se calam as almas

Ouvem-se os ruídos fúnebres dos calados

Dos chorosos, dos olhos esquecidos.

Das aves brancas que morrem em silêncio

Corações perdem pedaços, laços...

A mão reage indicando direções

Caminhos levados por multidões

A cascata de dor cobre os céus

Mulheres guerreiras escurecem seus véus

Escondessem dos muros da solidão

Da vida que leva a perdição

E os caros órfãos pedem misericórdia

Pedem atenção...

Quanto à muralha que cobre meu coração

Peço auxilio para a última estação

Que os elementos da natureza encontrem alguma solução

Para a fuga desse ideal

Para a fonte seguir limpado a minha terrível sensação

Nada move meus encantos

Só minha noite, minha lua me ver

Descontrai-me e ameniza a dor...

E os demais olhos esquecidos

Ricos, fortes e perdidos

Surgem para um amanhã duradouro

Somente para um novo siga sem rumo

Sem sonhos...

E sem os diversos medos

E eu naveguei demais....

Pois perdir a esperança!

cléo
Enviado por cléo em 28/01/2007
Código do texto: T361895