Estranho
ouvir o mundo falando é fácil
Opinar é estranho
E enquanto se calam as almas
Ouvem-se os ruídos fúnebres dos calados
Dos chorosos, dos olhos esquecidos.
Das aves brancas que morrem em silêncio
Corações perdem pedaços, laços...
A mão reage indicando direções
Caminhos levados por multidões
A cascata de dor cobre os céus
Mulheres guerreiras escurecem seus véus
Escondessem dos muros da solidão
Da vida que leva a perdição
E os caros órfãos pedem misericórdia
Pedem atenção...
Quanto à muralha que cobre meu coração
Peço auxilio para a última estação
Que os elementos da natureza encontrem alguma solução
Para a fuga desse ideal
Para a fonte seguir limpado a minha terrível sensação
Nada move meus encantos
Só minha noite, minha lua me ver
Descontrai-me e ameniza a dor...
E os demais olhos esquecidos
Ricos, fortes e perdidos
Surgem para um amanhã duradouro
Somente para um novo siga sem rumo
Sem sonhos...
E sem os diversos medos
E eu naveguei demais....
Pois perdir a esperança!