Ai quem me dera

Aqui estou eu sentado

sobre minha triste cama vazia

se arrasta a madrugada fria

e eu sigo acordado

aqui, eu sigo assombrado

pela turva imagem dela

pelo seu retrato pregado na janela

pela solidão desta cidade

onde me embriago de saudade

e minha sanidade se esfarela

Ai quem me dera

deixar de ser assim, tão tristonho

me livrar desse sentimento tão medonho

dessa embriaguez que me altera

e voltar a ser quem era

quem me dera, seu sorriso

tão semelhante ao paraiso

deixasse de ser o meu inferno

quem me dera, ao fim desse inverno

a primavera me devolvesse o riso

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 14/06/2012
Código do texto: T3723869
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.