AÇOITE DAS CHUVAS


Bancos das praças açoite das chuvas...
Madrugadas agonizadas e noites turvas...
Choram lágrimas desesperadas do céu...
Jardim das flores ao vento, ao léu...

Almas giram, como o giro do carrocel...
Estivemos nós aqui e não amamos...
Grita uma alma triste vagando...
Não amamos... não amamos...

Bancos das praças açoites das chuvas...
Lágrimas de viúvos e viúvas...
Viúvo de ninguém, viúva do além...
Além da vida e do desamor...

Vidas passadas sem flor e sem cor...
Lágrimas árduas, jardins sem flores...
Passagens sem rumos e sem amores...
Vidas um dia findam e aos que não brindam...

Bancos das praças açoite das chuvas...
Madrugadas agonizadas e noites turvas...
PAMPOETA
Enviado por PAMPOETA em 16/06/2012
Reeditado em 18/06/2012
Código do texto: T3728157
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