Tristeza profunda
Existe uma tristeza dentro de mim
que não finda, apenas se acalma.
E continua sem parar a crescer
como os carvalhos do Manre,
como o gelo do inverno glacial.
Uma tristeza que vem sem pedir
licença para entrar e se acampa
dentro do meu coração envelhecido.
Há uma dor que ela traz junto
e que me deixa sem ação, extraviada…
Essa tristeza não é de hoje, nem de ontem.
É permanente, como o oceano agitado,
voraz como o alucinado vento do norte…
Que me trai no olhar e nos sentimentos
e não me deixa descansar.
São Paulo, 2 de julho de 2012.