ABUTRES HUMANAS

Não quero ouvir falar teu nome

Por intermédio dessas abutres

Que tem na boca palavras malditas

Em forma de carniceiros comentários

Porque quer eu saber de tua vida

Através de pessoas promiscuas

Que não vem a mim diretamente

Pois sabem que conheço suas feridas

E suas feridas abertas podres em pus

Tentam esconder mostrando a de outros

Querem transformá-la também em abutre

Para que assim a corja esteja formada

E a depravação tenha seu aval direto

Já que tens carro e tem um teto

Onde em conforto podem se alimentarem

Umas pagam por jovens amantes imbecis

Outras são noivas de térmicos gigolôs

Outras traem os maridos que as bancam

E as línguas podres levantam ao céu

Rezando para que as máscaras

Não lhe caiam das faces

Mostrando toda podridão

De suas verdadeiras identidades

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 15/02/2007
Reeditado em 15/02/2007
Código do texto: T382658