Palco da Vida
Se eu parecer fria e distante,
é porque estou triste.
Pedras na mão não irão adiantar.
Sem acusações,
sem mentiras,
sem desviar o olhar.
Não há atores,
não há câmeras,
não há roteiro.
O palco da vida é gélido.
Aqui você se sente um lixo o tempo inteiro.
Aqui não há perdão para erros,
Aqui não há segunda chance.
Fechar os olhos não adianta.
Gritar deixa sem voz.
As mãos tremem,
as consequências são as piores.
O coração é como um baú,
guarda todo o tipo de sentimentos dentro,
os bons e os maus.
Os olhos são como holofotes,
brilham e chamam a atenção.
A voz é o eco da mentira,
o eco de falta de sobriedade.
O que realmente importa?
Você se importou comigo?
Conseguiu enxergar através de meus olhos
toda aquela tristeza?
Você conseguiu sentir quando eu precisava de um abraço?
Sofrer calada é meu destino.
Sem reclamações,
sem empurrar na parede.
Preciso dizer que sinto muito?
Isso está estampado em meu rosto.
Só quero que alguém me abrace
e ouvir que tudo ficará bem.
O silêncio é uma jóia rara.
O sorriso é um presente.
O adeus,
um vazio.