AGORA, QUEM ÉS?

Certo dia!

Encontrava-me

Assim...distraída

Os olhos perdidos

Lá... no horizonte

Num dado momento

Levantei a vista

Fui surpreendida

Por um vulto distante

Moço escalafobético

De tez escura

Aparência pouco amiga

De andar ofegante

Aproximava-se de mim

Com pouca energia

Do pescoço pendia

Um cordão com diamante

Somente a poucos passos

Então o reconheci

De espanto tombei

Por seu jeito humilhante

Um grande amor do passado

Agora em trapos

De rico empobrecido

Entregue ao vício constante

E a pergunta que não cala:

Agora, quem és, nesse teu mundo intrigante?

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 31/08/2012
Reeditado em 01/09/2012
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