MUNDOS FRACTAIS

Quando descortinar teu real universo

Dissecar as arestas de tua incolumidade

Desvendar tua volubilidade e mutabilidade

Na suntuosidade dessas tuas particularidades

Observar teu suasório modo de não se revelar

Nas minúcias exaradas em tua complexidade

O tempo transverso marcado pelo não se ser

Não mutila aquilo em si mesmo seja inconverso

Pois não desejo o truísmo dessa convivência

Fugirei do abismo de minha fervilhante emoção

E não misturarei o prisma de nossos fractais mundos

E assim evitar atitudes imbecis e desabridas

Fugindo ao fementido toque da perfídia

Que pode ferir em apenas um átimo de ira

Mesmo mitigado pelo sentimento Mor o amor

Pois nesse contexto tenho ojeriza ao perfunctório

E procuro ilidir a tudo o que não nos seja benfazejo

Enfrentando as celeumas advindas dessa dualidade

Onde o querer não pode transfigurar-se aleatoriamente

No néscio espaço vazio de vaidades intempestivas

Muitas vezes deixamos nos levar por cernes incongruentes

Que habita o lado negro de nossas reações impensadas

Mas no fim o que nos impugne não seja o ardil do medo

Nem as eufêmicas palavras soltas pelos nossos recantos

Pois o sentir é a melhor maneira de não tergiversar ao amor

E nada para mim é tão probo quando o que sinto e pressinto

Pois sou movido ao que meus sentimentos têm como rota

Mesmo que às sinta nas mazelas da distância e do não contato

LEILSON LEÃO

www.recantodasletras.com.br/autores/leilson

Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 03/09/2012
Reeditado em 04/09/2012
Código do texto: T3863774
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.