Estado

Escuridão, dor, tristeza

Corroíam por dentro,

Já não sabia o que era viver

Já não sentia receio da morte;

Dias e dias mofando

Noites e noites sem dormir;

Via a morte nos olhos, reflexos;

Via o medo n’alma, espelho;

Últimos dias, dias horríveis;

Só, abandonada, isolada,

A luz iluminava-me a face

Mas não penetrava em meus olhos;

Meu coração inerte permaneceu,

Porém sabia tudo que estava à minha volta;

Lua que me alegrara,

Hoje traz-me o vazio;

Mostra-me o que não fui

Mostra-me minh’alma, devaneio;

Esvaio-me em meio ao nada,

Entorpecida em melancolia;

Talvez as noites voltem a clarear;

Desmascarar o que permanece no escuro;

Instigar-me a mente

Levar a dor, ardente, capricho meu;

Permaneço em meu estado de espírito;

Transcendo-me a outro plano;

Onde aqui permaneço,

Elevar-me-ei ao supremo;

Onde de lá voltarei,

Para reinar no futuro

Sobre a alma dos mais fortes.

Eccentric
Enviado por Eccentric em 20/02/2007
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