INFERNO

Essa dor, não provem de meus devaneios

Não é fruto de amor malogrado

Não vem de perdas, nem de saudades.

É dor sem braços, dor sem pés.

O mal é fruto do abismo

Entre o ato e a compreensão

Que me destrói, acaba comigo

Arrasando meu espírito e debilitando meu ser.

Esse mal traz-me dor muda

A vergonha cala minha voz.

Uma teia, silenciosamente me envolve há anos

Que tola fui, como pude não perceber!

Hoje vejo-me em escuro túnel

Outrora, houvera mais luz.

Não encontro o caminho pra onde correr

Se tropeço, bato a cara no muro.

Quem já viveu no inferno?

Cada um tem o seu.

Um vício, um problema...

Ou talvez, um caso como o meu.

Em que as chamas queimam, até que eu perca a vontade

De ter que encarar novamente este sol

E a imagem, que me assombra no espelho

Uma doença! Oh meu Deus, o que fazer?

Quem já viveu no inferno?

Cada um tem o seu.

Pobre de mim, que cada momento vejo

Meus sonhos, se afogando no meu!

Lyah Turek
Enviado por Lyah Turek em 28/02/2007
Reeditado em 14/06/2009
Código do texto: T396976