Pássaro Negro

É estatua, é areia, é vento, é pó

A vida é um pássaro que ao sentir a imensidão

Do infinito nunca volta há pousar na terra

Vive na distancia

Lá saudade/solidão

No coração.

Há se o poeta tivesse respostas

Não ficaria sofrendo em vão

Ele prenderia esse pássaro com o laço do amor

Impedindo sempre que a lágrima primeira que chegue

Fosse a de dor.

Porem nem o amor impede que outro se vá

Que feche os tão belos olhos

Cele os tão gélidos lábios

Retirando bruscamente do mundo

A passagem negra de sua poesia

Não há toque, não há sorriso

Não há nada nesse corpo

Imagem triste do silencio que lembra

O pássaro que foge de mim.

Quais pássaros vão embora hoje!