MINHA DOR

Eu tenho em mim a dor que me corrói,

Sei também o nome desse mal

Doença que carrego há muito e dói,

Que me há-de matar qual animal!

Fui amor e desencanto, ao mesmo tempo,

Fui onda gigantesca em alto Mar

Porém não resisti, perdi alento,

Hoje sou réstia de mim, sempre a penar…

Fui a árvore pujante e vigorosa!

Hoje toro velho e carcomido

Já não tendo o vigor que tinha outrora

A um velho tronco resumido…

Com esta dor tamanha que suporto,

Porém não vou morrer de desalento!

Voarei por esse mundo mesmo torto,

Buscando dentro dele, outro alento…

Mário Margaride
Enviado por Mário Margaride em 01/03/2007
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