Final Imperfeito

Um peso contínuo atravanca o próximo passo.

Amarra pelas pernas o imediato caminho.

É quando a vida acaba.

Já não há outra rua.

Barreiras intransponíveis verticalmente solidificam-se.

É o túmulo sufoco que furta o ar.

Quieta a língua no seu cais-abandono

Jazem na boca seca as falas esquecidas.

É o final dos dias.

É gélido o torpor paralítico que avança o peito.

Calcifica o sangue entupindo as veias.

É a morte singela que acalma o sentido,

Transcrevendo as velhas histórias

Para os novos livros.

Heidn Cardoso
Enviado por Heidn Cardoso em 14/11/2012
Código do texto: T3986143
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