Final Imperfeito
Um peso contínuo atravanca o próximo passo.
Amarra pelas pernas o imediato caminho.
É quando a vida acaba.
Já não há outra rua.
Barreiras intransponíveis verticalmente solidificam-se.
É o túmulo sufoco que furta o ar.
Quieta a língua no seu cais-abandono
Jazem na boca seca as falas esquecidas.
É o final dos dias.
É gélido o torpor paralítico que avança o peito.
Calcifica o sangue entupindo as veias.
É a morte singela que acalma o sentido,
Transcrevendo as velhas histórias
Para os novos livros.