Coroa de espinhos!

Sangue escorrendo pela Tua face
abençoada, bendita, sofrida.
Maltratada pela incúria humana
Depravada raça de víboras,somos nós
Diante da Tua realeza ultrajada!
Interiorizo-me e envergonho-me
da minha omissão quando lá,
diante de Ti, armada de medo;
o pavor mascarando a minha face
Te neguei setenta vezes sete vezes...
Diante de Ti nas ruas repletas de dor
Nos orfanatos repletos de olhos miúdos
a se oferecerem em troca de um afago.
Diante da Tua realeza ante os idosos
abandonados, asilados, ultrajados
Iguais a Ti.
Te neguei setecentas vezes sete vezes.
Me perguntando até quando te negarei ainda
Nesta minha vida de ilusões e efemeridades
Lembrando-me que Te privaste de tudo
Buscando nos ensinar a viver.
Com o corpo fletido pelo peso da cruz,
os olhos, centelhas de luz, raras e únicas
Refletindo tristezas.
Suor porejando no corpo sofrido
Na face, misturado ao sangue
que brotava das fontes cavadas,sulcadas
pelos ingratos espinhos da Tua coroa.
Abençoada Coroa de Espinhos!
Perversos homens maus que desejaram humilhar-TE
coroando-Te com espinhos.
Apenas conseguiram exaltar-Te ainda mais,
porque exaltaram a virtude mais bela
que nos ensina a viver,
exaltaram a Tua humildade.
Bendita seja pois a Tua Coroa de Espinhos!
Através dela vislumbro esta preciosa lição.
De um precioso caminho!



Relembra..Medita...e ama!
 
Obrigada pela visita. Muita paz.Bjs

 
Sônia Maria Cidreira de Farias
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 02/03/2007
Reeditado em 20/04/2014
Código do texto: T398849
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