Última Morada

Não espero de vocês um sorriso amigável

Também sei que vocês não me entendem

Minha dor chegou a um ponto insuportável

E sei que minhas palavras sinceras ofendem

Foram muito anos aqui acumulando solidão

Não acredite em nenhum dos sorrisos que fingi

Nada de bom restou no meu obscuro coração

É uma maldição que existe desde quando nasci

Estou num corredor escuro, procurando saída

As paredes são construídas com cada erro meu

E elas vão se fechando, pois eu só errei na vida

Viver não mais adianta, eu já deixei de ser eu

Aos poucos isso acaba, tudo fica silencioso

Peço que entendam e não me julguem por isto

Tentar viver minha vida foi algo desastroso

Por isso agora eu sigo morar junto de Mefisto

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Obs.: Último texto. Adeus.

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Obs.2: Acabou não sendo o último. Mas o último não tarda.

Edimar Silva
Enviado por Edimar Silva em 12/01/2013
Reeditado em 17/01/2013
Código do texto: T4081424
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