O ÚLTIMO VERSO SEM RIMA

MORTE!

Eu queria que me desses um motivo para viver

Apenas um que fizesse fazer sentido

Enquanto as minhas lágrimas caem sobre o papel

Percebo o quanto a inveja mata!

Sei que nada é tão dolorido

Quanto ver-me ali, estendida sob o tapete da verdade

Acordada, enquanto todos dormem

Seus sonos conscientes

Meu corpo dói e a alma adormece

Cada lágrima de dor aproxima-se de ti, amada morte!

Já não fujo, arquiteto cada passo que me leva ao teu encontro

Ouço os gritos e gestos de solidão

Ninguém entende porque chegas!

Mas eu sei como andas comigo lado a lado!

Também sei o quanto mato-te todos os dias.

Adeus, o mundo te chama

Vais agora ao encontro dos que te abraçam de manhã ou a noite quiçá

Eu, estou aqui a te espreitar

Sabendo que o suplício só começa quando tu chegas

Adeus amiga, ou, até um dia!

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 13/01/2013
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