VAGANDO...

VAGANDO...

Vagando quase sem rumo...

No peito escorre amor...

Amor-saudade-dor.

Caminhos emaranhados,

Vidas em paralelo...

Paralelas não se encontram...

Ou se encontram

E não são mais paralelas...

Dor de domingo...

Que fareja a segunda

E sente que passam as horas,

E apenas a melancolia abunda,

Sem se importar se tem cor

Se tem rima, se afina com a luz do dia

Que escoa...

Escoam as horas

Numa espera inglória

Os beijos distantes

Perderam-se no tempo

Dos lábios secos

Não se ouve alento...

Podiam estar vermelhos

Do sangue que emerge

Com o roçar bravio dos desejos

Ah! Meus beijos, tão teus!

Agora o silêncio vem

Em meu socorro

Entorno se ouve

Com a mesma voz muda de sempre:

Deixa a lágrima rolar

Deixa o tempo passar

Como um Doutor

Que receita remédios e cura

Deixa...

Deixa...

Sempre vem

Um dia novo!....

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 11/03/2007
Código do texto: T409066