Um quarto de luxo em Copacabana.
A porta de entrada não existe. Eu a criei
com o resto da minha alma.
Os remédios não fazem mais efeito. Sou a prisão
e o fim, a prisão e o fim.
Em Julho, uma desgraça. Setembro, a chegada
da caixa da felicidade.
Em Janeiro, volto a definhar, sem suprimento.
Há sempre alguém querendo me salvar. Eu
sou o problema. E morro e morro a cada estação.
Relógios de madeira fazem tic-toc
Debaixo da cama, há um monstro suícida - eu.
De três olhos - É lá onde a escuridão traz clareza
e é lá que me escondo entre Julho e Setembro.
Luzes obscenas e casacos de pele não são necessários
Tentei mais uma vez! Tentei mais uma vez!
No escuro, no escuro, elegante como sempre fui
Pílulas na boca, cartas sobre a cama, sim, eu tentei
mais uma vez.
Sem exito, um café. Sem exito, um sexo pairando
sobre minha mente.
Sem exito, um amante jurando amor eterno.
Sem exito, sonhos se realizando.
Com exito, ganharia a perfeição.
Sem ambos, adormeci naquele sentimento.