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QUE FAÇO? PARTO
Ysolda Cabral  
 


 Fui julgada, condenada e crucificada,
Sem chances de defesa ou de apelação.
Ao contrário Dele, sei que sou culpada,
Mereci a máxima punição.
 

Digo adeus a este mundo ingrato,
O qual  de mim entendeu tudo errado.
Não perdoou os meus pecados,
Nem de métricas e nem de rimas!
 Eis os fatos...
 

Contra eles não há argumento.- Que faço?!
Despeço-me com tranqüilidade e  parto
Sem medo, pois nunca tive medo de nada.
(A não ser de lagartixa e de  barata)