As coisas nunca são como deveriam ser.

Cuspo em sua foto, por que não posso te beijar.

Não posso mais.

Depois de tanta sujeira,

tanta mentira,

Sinto-me morto,

morto de tédio.

Queria seu corpo, sua alma,

queria você.

Eu chafurdo na lama de nossas lembranças.

sinto-me sujo,

ainda assim, sinto que te amo,

com a mesma intensidade da tarde em que você me deixou.

Algumas coisas se dissolveram com os meses e semanas que se sucederam,

mas o que restou é suficiente para me tirar o sono,

para me atormentar,

para invadir meus sonhos,

enrijecer minha carne,

me fazer suar, delirar,

me fazer trocar o dia pela noite.

Por que você não morre em meus pensamentos?

Dia após dia, acordo com seu gosto em minha boca,

por que você não se esvai?

seria tão mais fácil para mim se eu pudesse simplesmente te esquecer.

os dias se seguiriam tranquilamente,

as noite seriam para o sono, o dia para o trabalho e não o inverso.

Mas não...

as coisas nunca são como deveriam ser.

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 06/04/2013
Reeditado em 20/04/2013
Código do texto: T4226370
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